Colegas do CENPP,
nesta quinta feira realizaremos nossa reunião quinzenal, que terá apresentação do artigo "Antipsychotic treatment of primary delusional parasitosis - systematic review" (BRITISH JOURNAL OF PSYCHIATRY - 2 0 0 7 , Vol 1 91, pg 1 9 8 - 2 0 5) pelo Dr. Marcel P. Souza, residente do primeiro ano da Residência de Psiquaitria de São José dos Pinhais. A revisão explora a psicopatologia dos delírios de infestação e a resposta aos tratamentos antipsicóticos.
Nossa reunião será na sala de reuniões da Sociedade Paranaense de Psiquiatria, às 19:30 h.
Endereço da Sociedade Paranaense de Psiquiatria - Republica Argentina 369, Água Verde (melhor estacionamento: Supermercado Pão de Açúcar, pela Av. Getúlio Vargas)
nesta quinta feira realizaremos nossa reunião quinzenal, que terá apresentação do artigo "Antipsychotic treatment of primary delusional parasitosis - systematic review" (BRITISH JOURNAL OF PSYCHIATRY - 2 0 0 7 , Vol 1 91, pg 1 9 8 - 2 0 5) pelo Dr. Marcel P. Souza, residente do primeiro ano da Residência de Psiquaitria de São José dos Pinhais. A revisão explora a psicopatologia dos delírios de infestação e a resposta aos tratamentos antipsicóticos.
Nossa reunião será na sala de reuniões da Sociedade Paranaense de Psiquiatria, às 19:30 h.
Endereço da Sociedade Paranaense de Psiquiatria - Republica Argentina 369, Água Verde (melhor estacionamento: Supermercado Pão de Açúcar, pela Av. Getúlio Vargas)
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Resumo da apresentação do Dr. Marcel P. Souza:
Os “Delírios de Infestação” são caracterizados pela crença fixa de que se está infestado com parasitas ou seres vivos pequenos, embora não haja nenhuma evidência médica para isso. Possui gravidade variável, e os pacientes geralmente queixam-se de coceira atribuída à presença de animais na pele ou sob a pele. O delírio de infestação não corresponde a um único transtorno. Pode apresentar-se como delírio de infestação 1º, classificado como transtorno delirante persistente (CID-10) ou Transtorno delirante, tipo somático (DSM-IV-TR). Há também, o delírio de infestação 2º (mais comum), associado a diversas doenças físicas, transtornos psiquiátricos ou intoxicações. Também pode ocorrer como folie à deux ou folie à trois e by Proxy. Sua prevalência anual é estimada em 80 casos por milhão de habitantes. O tratamento costuma ser desafiador pelo fato de que muitas vezes os pacientes são relutantes em razão do conceito somático da doença. Os antipsicóticos são o principal tratamento para o delírio de infestação 1º, e são utilizados como sintomáticos para o delírio de infestação 2º a doenças somáticas. Muitas fontes têm recomendado o uso de pimozida para o quadro. Porém, esta não é mais um antipsicótico de 1ª linha devido a preocupações com segurança. Não havia nenhuma revisão sistemática sobre este tema e por isso, foi realizado a 1ª revisão sistemática da efetividade do tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos para o delírio de infestação 1º. Buscou-se identificar os trabalhos disponíveis sobre delírio de infestação nos bancos de dados: EMBASE, Medline, PsycInfo, PsycLIT e Psyndex. Os resultados muito heterogêneos dos 5 principais estudos de tratamento do delírio de infestação 1º com antipsicóticos típicos sugerem que os próprios estudos possuem viés de seleção, viés de aferição e viés de publicação ou todos os viéses. A escassez de evidências sobre o tratamento do delírio de infestação 1º com antipsicóticos atípicos prejudica qualquer comparação entre antipsicóticos típicos e atípicos. As evidências para o uso de antipsicóticos atípicos em parasitose delirante são ainda mais fracas do que para o uso de antipsicóticos típicos. O delírio de infestação 1º pode ser efetivamente tratado com antipsicóticos típicos. Pimozida possui nível de evidência IIa e outros antipsicóticos típicos (ex: haloperidol) possuem nível de evidência III. Importante opção de tratamento para o delírio de infestação 1º é a aplicação IM de antipsicóticos de depósito. O uso de antipsicóticos atípicos pode melhorar os efeitos colaterais e, portanto, levar a maior aderência e resposta do paciente. Mais relatos de casos estão disponíveis para risperidona. Não há relato sobre o uso de clozapina, ziprazidona ou aripiprazol em parasitose delirante 1ª.
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